20100523

crush crush crush crush.. :$

X i guess i can call it more than a crush.. I LIKE YOU for too long :x i don't want to, but i do.. i wish you could see me one day (L) X

with all my love, B !

why ?

http://inzonice.blogspot.com - o porquê de inzonice ? é simples.
- tudo o que escrevo, todos os conjuntos de letrinhas que formam palavras, todas as palavras que formam frases, todas as frases que formam textos vêm do meu coração. esse mesmo que se encontra num estado de palermice total, não é mesmo assim que ficamos quando nos apaixonamos ? palermas, patetas ? :$ sem qualquer controlo de nós próprios ? sem saber o que dizer quando estamos do seu lado ? :x
(inzonice é um sinónimo de patetice)

20100415

do you know what this is ?

Começa tudo com um simples pensar num sentir.

A partir daí vai-se desenvolvendo e crescendo, tornando-se algo. À medida que as coisas são pensadas vão sendo postas numa caixinha de cartão à espera de serem tornadas "pistas" relevantes nesta intrigante e confusa investigação sobre estas estranhas ocorrências que se vão passando no meu corpo..

Os meus pés começaram a não sentir o chão juntamente com umas suaves oscilações nas minhas pernas. Manifestos do meu sistema nervoso. Já não consigo controlar a minha mente, voa sempre para ti ; já não consigo controlar estes apertos e batimentos no meu peito ; já não tenho controlo em mim. Tenho um problema na visão, os meus olhos começaram a ser selectivos e mesmo no meio de uma multidão só te vêm a ti. As minhas mãos julgam-se sempre com frio e não param de estremecer. Alucino ? Desejos de um teu abraço invadem-me, vontades de te tocar penetram as células do meu corpo..


Nele, estás a agarrar a minha mão com uma força enorme que me vai enfraquecendo gradualmente, sinto a tensão dos teus músculos a aumentar, começo a ouvir uma doce melodia que sai do teu peito em forma de batimentos repetidos que vão aumentando o compasso, melodia essa que ficou gravada em mim. Agora, beijas-me e não é um simples beijo. Eu sinto a sensação que te percorreu o corpo..





ÉS UM CRIME.
ÉS UMA DOENÇA.
INFELIZMENTE, ÉS APENAS UM SONHO..


.. porque não acaba tudo com um simples parar de sentir ?

20100301

letter to love

A carta tinha o meu cheiro, a carta levava o meu recente toque, a carta estava humedecida, eram sinais de lágrimas, a carta reflectia o meu querer, a carta gritava no silêncio algo tão forte que o ouvido humano não ouvia, tinha que ser sentido, indo para além do mais profundo ser, a carta beijava-te sem o fazer.. Decidi escrever uma carta e enviar-me com ela, em teus sonhos a quero ler. Nela te quero relatar uma história, nela te quero descrever um sentimento, nela te quero ensinar a sentir o do meu coração forte batimento. É uma carta com saudação, é uma carta com início e meio, mas sem fim.. Inclui post scriptum, pois faltará sempre informação no que quer que te diga e tudo o que digo é pouco para entenderes que por ti meu coração tornou-se LOUCO

20100113

UM MONOLOGO ADIALOGADO

EU, encontro-me numa qualquer divisão da casa a falar para as paredes ouvirem. Parece que ao falar alto faz com que não me sinta tão sozinha, posso até nem estar mas inconscientemente penso que sim querendo abstrair-me de tal pensamento. Vou eu e comento as minhas parvas palavras, como se eu não falasse sozinha também. A mim junto-me eu a encorajar-me nas provocações que me estou a fazer. Eu seria tipo aqueles gajos que se acham os maiores e passam a vida a mandar bocas foleiras, sabes ? De um monologo nasce um diálogo. Entro também eu em conversa, apenas concordando comigo, suficientemente sensata para não entrar no clima das provocações, apenas me estou a querer integrar. Mas, para animar a treta de paleio existente, só falto mesmo eu. Imponho-me discordando plenamente comigo, barafustando para o ar, chamando a voz da razão e a justiça ponho-me a olhar-me com um certo receio. Saio da divisão. Afinal eu somos cinco. Eu só conheço duas.

20091202

pure as water

.. a prova que o amor não é o suficiente para duas pessoas estarem juntas, apesar de esse amor ser o mais puro e raro ..
.. i'm some(s)thing like her .. mesmo (se estivesses) muito longe e ,tu, muito inalcançável (como és), eu daria tudo de mim para te pôr bem e para continuares na minha vida .. : x

20091127

Texto de Miguel Esteves Cardoso

" Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banancides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.

A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um ''minuto'' de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."